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Há dias já deveria ter postado este texto que a Ana me mandou por e-mail. É da Marta Sousa Costa e eu achei muito legal:
Na condição de avó iniciante, fui apresentada à crônica "A arte de ser avó", de Rachel de Queiroz.
Há dias já deveria ter postado este texto que a Ana me mandou por e-mail. É da Marta Sousa Costa e eu achei muito legal:
Na condição de avó iniciante, fui apresentada à crônica "A arte de ser avó", de Rachel de Queiroz.
"Netos são como heranças; você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu" _ comecei a ler, concordando em gênero e número. "Mais filho que o filho mesmo", Rachel assegura, já me fazendo franzir a testa, levemente intrigada. "Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é "devolvido". Epa! Ali estaquei, surpresa.
Filhos são feitos para crescer e se lançarem ao mundo, não para nos serem devolvidos, envoltos em cueiros.
Filhos são feitos para crescer e se lançarem ao mundo, não para nos serem devolvidos, envoltos em cueiros.
Mas, implacável em seu desmesurado amor de avó, a escritora extrapola, falando no "entrave maior, a grande rival: a mãe". Compara mãe e avó aos papéis de esposa e amante, nos triângulos amorosos: a mãe colocada na posição de educadora e megera, a avó como a confidente, a que tudo permite e concede. Imagino uma geração de mulheres fortalecidas em sua posição de avós pelo consentimento recebido da grande escritora. Mães e filhas, sogras e noras trocando farpas e lançando faíscas, na disputa pelo espaço maior no coração de algum guri esperto e observador, pronto a tirar proveito da situação.
Rachel de Queiroz me perdoe. Sendo a mulher inteligente que era, não acredito que tenha sido o tipo de mãe, avó ou sogra por ela apregoado na crônica que, como página literária, está muito boa. Como ensinamento para bem-viver, contudo, deixa muito a desejar.
Rachel de Queiroz me perdoe. Sendo a mulher inteligente que era, não acredito que tenha sido o tipo de mãe, avó ou sogra por ela apregoado na crônica que, como página literária, está muito boa. Como ensinamento para bem-viver, contudo, deixa muito a desejar.
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7 comentários:
Eu ja tinha este texto da Raquel, e nao sei pq na tinha gostado, agora eu sei o q nao me agradou.
Bjs
É bom re-pensar estes papéis ditos sagrados, que tentamos desempenhar da melhor forma, na maternidade, na amizade, no amor...
Não precisamos repetir os erros, graças a Deus!
O link direto para o post é esse:
http://martasousacosta.blogspot.com/2008/09/rachel-de-queiroz-me-perdoe.html
Beijoo!
Na verdade, os tempos mudaram e aquela visão antiga da avó também! Aliás, mudou tudo mesmo, o mundo ficou completamente doido, não é mesmo ??
E minha única neta, até o momento, é a Maria Filomena, uma daschund muito da sem-vergonha!!!
Um beijão.
Rosa
Fui avo aos 36 anos, pouco antes de completar 37 e minha filha, mae aos 17 anos, nem sei dizer o que fui na epoca que meu netinho nasceu, acho que fui mais mae do que avo.
Hoje Guilherme, tem 13 anosum amor de menino (coruja nao kkkk, mas ele e um bom menino sim)
Mas, avo e mais light sim, quando somo pais, temos muita pressao da vida, do casamento, da familia, e quando somos avos, somos mais maduras para compreende-los.
Beijinhos
Sou vovó também e amo ser vovó do Mateus.
Mas a Raquel deixou muito a desejar nesse texto. concordo com você.
Ser vovó é tudo de bom, mas respeito muito minha nora e meu filho na hora que els estão educando o Mateus, fico só nos bastidores, afinal quem passa 24 horas com ele são eles, e eu também não gostova quando meus pais ou sogros se entrometiam na minha educação.
Beijos de boa semana!
Rô!
Não ligue para a Rachel, Rosa! Ela não tinha Dó Ré Mi no sobrenome.
Um beijo!
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