domingo, março 02, 2014

COLCHA DE RETALHOS

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Publiquei este trabalho em vários posts, e como é um dos mais acessados, hoje o repeteco vem num só. Leiam a história que vale a pena.


Esta é uma das histórias do livro de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, Histórias para Aquecer o Coração 2. Lendo-a, num dia nublado na praia da Lagoinha, em Florianópolis, tive uma idéia: fazer uma colcha de retalhos para os filhos com roupas antigas, minhas e do Taba, que tinha guardadas num baú.

E a idéia foi amadurecendo. Acordava durante a noite e ficava pensando em como iria fazê-las.Tenho amigas muito queridas em Cruz Alta, a Juçara e a tia Nilza, que trabalham maravilhosamente em pacthwork e com elas que eu poderia contar para confeccioná-las.

Tinha feito um trabalho no Natal anterior, com fotos no tecido, os transfers, e pensei em colocar na colcha também.Mexendo em gavetas achei trabalhinhos feitos na escola, bilhetes, e ia guardando tudo.

Na época, passávamos a semana em Cruz Alta, num apartamento pequeno e pensava em como fazer pra Pati, minha filha, não ver, pois queria fazer surpresa. Foi difícil, pois lavei e passei todas as roupas lá, pendurava na sacada e recolhia antes dela chegar da faculdade.

Depois de escolher o esquema com minhas amigas, comecei a escolher as fotos. A dificuldade foi maior, pois eram 16 fotos de 20x20 cm e 8 fotos 15x15cm para cada colcha, sendo que , nas que estavam dois deles ou os três elas eram repetidas nas respectivas colchas. Eram 12 trabalhos escolares e bilhetes, também 20x20, em que até sorteio eu fiz, pois gostaria de colocar todos. Os transfers foram feitos pelo Miralvo, na Nina Cópias em Cruz Alta, onde fui muito bem atendida.


O centro das colchas são todos iguais, diferenciando apenas a foto que nós estamos com cada um deles.
A primeira foto é do nosso casamento, a segunda é atual, a da fubica, uma Ford 29, relíquia da família, foi tirada quando eles eram crianças.






















A moldura das fotos foi feita com um vestido de minha mãe, os outros tecidos, como de toda volta da barra das colchas, são retalhos de roupas nossas.























Barras:

Depois dos quadradinhos vem uma barra de 15x15 cm, com fotos, trabalhinhos da escola e quatro espaços para autógrafos ou mensagens de amigos.
















A próxima barra, de 20x20 cm, tem fotos, em diversas fases, onde estão sozinhos, uns com os outros, com amigos, formatura, etc.
















Também nesta barra estão nossas mensagens e espaço para os irmãos.




















Inteira ficou assim. Esta é a do Sílvio.





Trabalhinhos e fotos:

do Flávio









































do Sílvio








































da Pati









































Detalhes:

da colcha do Flávio:





















- Babeiro bordado pela tia Clélia;
- Camiseta do Charlie Brown, comprada bem antes dele nascer;
- Eu sou de Lavras - E daí ? - de uma camiseta, lembrança de uma janta dos lavrenses em Santa Maria;
- metade de um manguito (vcs sabem o que é? sevia pra segurar as fraldas e cueiros de tecido,não havia calças plásticas);
- Nº 9 - da camiseta de futebol do Taba;
- calção que eles diziam ser do Batman, está a metade em cada colcha.


da colcha do Sílvio:





















- babeiro bordado pela tia Clélia;
- o nº 9; - calção do Batman;
- camiseta do Robin;
- Eu sou de Lavras - E daí?;
- outra metade do manguito.


da colcha da Pati:




















- convites do aniversário de 1 ano, feitos individualmente e pintados pela Rosa Helena e dos 15 anos, de organdi, pintados pela Ana Hostyn e por mim. Foram cento e tantos convites todos diferentes;
- Lavras Pepita do Sul - camiseta de outra janta dos lavrenses;
- lencinho feito por mim, quando ela foi para o Jardim de Infância, pintado e com croché;
- a frente do manguito;
- o nº 9;
- uniforme do Jardim.























Estes detalhes têm nas três colchas, como muitos outros:
- lençól bordado pela tia Clélia;
- jogo de cozinha, feito pela mãe, como todo o meu enxoval, mas bordado por mim;
- jogo de cozinha, com aplicação em ponto Paris, tb bordado por mim;
- lençól bordado pela tia Clélia;
- meu primeiro trabalho em vagonite, uma saia que eu vestia quando fui apresentada para o Tabajara;
- do mesmo jogo de cozinha;
- do meu vestido de noiva, bordado por uma senhora da família Tinn, daqui de Santa Maria;
- outro detalhe do lençól verde;
- outro jogo de cozinha com os laços aplicados em ponto Paris, feito por mim.


Capas de travesseiros - almofada:

Flávio e Hebe































Sílvio e Gabi
































Pati

















Para a Maria Antônia foi feita uma almofada com nove fotos de cada lado:

ela sozinha,




















e com cada um da família.




















A emoção da entrega:

Normalmente minhas amigas fazem uma capa em patchwork para as colchas, como foram feitas capas de travesseiros, inventamos esses sacos de TNT com aplicação da assinatura de cada um.
















A entrega foi feita no dia da formatura da Pati, perto do Natal.


Flávio
































Sílvio
































Pati





















O festerê foi demais! Foi muita emoção num dia só!
Eu tive três filhos, plantei muitas árvores e como não escrevo, deixei essas colchas para eles e as futuras gerações saberem de suas histórias, com um pedacinho de mim.





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2 comentários:

J.F. disse...

Oi, Rosa.
Não sou dado a esse tipo de trabalho, mas achei "demais". Resultados muito bonitos de trabalhos feitos com amor e dirigidos aos entes queridos.
Nossa! Se a Nina pretender fazer uma coisa dessas também vai ter muito trabalho para selecionar coisas. Somos dois juntadores de tudo o que se pode guardar como lembranças. Desde convites de festas ainda dos nossos tempos de solteiros, uma enorme quantidade de fotos, desenhos e trabalhos dos filhos e das netas... Temos até nossos boletins escolares ainda dos tempos de curso primário. Sem contar os objetos, livros, discos LP e 78rpm... E, além de tudo isso, ainda herdamos as lembranças de meus pais e dos dela. Socorro! Nina e eu estamos presos dentro do Museu!
Abração e bom carnaval.

Rosamaria disse...

Tu conseguiste me ganhar em guardados, J.F., mas eu ainda tenho muito mais do que mostrei nessas colchas. É gostoso quando a gente recorda.
Bjim pra ti e pra Nina

 
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