domingo, agosto 18, 2013

Amamentação - ato de amor

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Minha opinião favorável ao aleitamento materno, herdei de minha família. No início apenas por uma questão de costume. Hoje, entretanto, com o desenvolvimento da pesquisa sobre este assunto, estou certa que não me equivoquei. 
A leitura especializada nos fala, em primeiro lugar, da necessidade do contato físico entre o bebê e a mãe, como fator relevante para o desenvolvimento físico e psíquico da criança.   
Em decorrência do contato com o seio materno, a criança recebe passivamente no leite anticorpos da mãe, o que lhe assegurará resistência a muitas doenças infecciosas nos primeiro 30 dias de vida. 
As bactérias da mãe, presentes em torno do mamilo, passarão a constituir a flora microbiana da boca e intestino dos recém nascidos.

(Imagem Google)


Eu tive três filhos, de parto normal, naquele tempo não era muito comum a cesariana.
Quando engravidei do primeiro morava fora e tive que fazer uma cirurgia arriscada, aos 4 meses de gravidez, para tirar um tumor do ovário e outro do seio. Felizmente deu tudo certo (se fosse aqui seria ele ou eu).
Já de volta a Santa Maria, o Flávio nasceu dia 20 de julho, num inverno rigoroso. Como não tinha quem me ajudasse e estava com hemorragia (que durou 3 meses), fui pra casa dos meus pais, na cidade onde nasci e onde é muito mais frio. Meus seios, enormes, empedraram, pois ele não dava vencimento de mamar a quantidade de leite que eu produzia. Fiz compressas mornas e tentei tirar o que pude. Aos 45 dias, com uma gripe, febre, os seios que mais pareciam pedras e muita dor, tive que parar de amamentar. Seria pelo tempo em que estava com febre, mas depois de experimentar a mamadeira ele não quis mais o seio. O médico recomendou que eu tomasse um medicamento para o leite secar, pois não aguentava a dor e nem podia pegá-lo no colo. Fiquei triste e abalada com a situação, pois meu sonho era amamentar até bem mais tarde. 

O segundo filho, o Sílvio mamou até os 3 meses. Não sei se o leite era pouco, ele demorava demais mamando, dormia e não esperava 2 horas para uma nova mamada. Não aumentava de peso como deveria, então o pediatra recomendou a suplementação, aí aconteceu como com o Flávio, não quis mais o seio, só que desta vez não empedrou e nem precisou tomar medicamento para secar o leite.

Quando nasceu a Patrícia, como tinha acontecido de amamentar os dois primeiros por tão pouco tempo, pedi todas as recomendações ao ginecologista e ao pediatra. Ela era mais gulosa, mamava bastante e ainda pude amamentar outra criança, filha de uma moça que trabalhava com uma tia. Pra mim foi uma felicidade e mesmo assim ela mamou só até os 8 meses.

Minhas noras tiveram mais sorte do que eu. A Gabi amamentou a Maria Antônia por 2 anos e a Maria Clara, por 9 meses. A Hebe ainda amamenta o Antônio, que está com 1 ano e 8 meses.



Cara de safado, mama em qualquer posição


O ato de amamentar, muito mais do que alimentar um filho, é um prazer enorme para a mãe. É um momento único, de entrosamento, de amor e só quem já amamentou pode avaliar.

Para as mamães que estão esperando para amamentar, não desistam. É de importância vital para seus filhos. Se precisarem de ajuda, peçam, agora tem muito mais recursos do que quando eu fui mãe e talvez eu não tivesse passado pelo que passei se fosse nos dias de hoje.


Este post faz parte da Blogagem Coletiva "Porque sou ativista da amamentação", promovida pelo Desabafo de Mãe e Luz de Luma, onde tem todas as instruções pra você, que ainda pode participar até o dia 20 de agosto.




Ah, e se você não tem blog, pode participar na Página do Evento no Facebook.


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11 comentários:

Lúcia Soares disse...

Também amamentei pouco meus 3 filhos, talvez por insegurança.
Nunca dei a mamadeira com eles na cama. Pagava-os no colo, ajeitava como se ajeita o bebê para a mamada no peito e dava a mamadeira.
Sempre acariciei, esquentei, olhei nos olhos. Era a hora da mamada, não da mamadeira. O ideal seria ter dado no peito, mas já que não foi...
Cresceram fortes e saudáveis e eu nunca me senti menos mãe por isso. Nem você, né, Rosamaria?
O perigo está em que, hoje em dia, há ativistas que exageram na mensagem. Hoje li um comentário de uma pessoa dizendo que "toda mulher deveria amamentar, para saber o que é amor"! Veja só!
Amamentar é um ato precioso, felizmente minhas filhas e nora foram ótimas amamentadoras.
Beijo!

Ana disse...

Amamentei por todos os motivos: prolongar o contato com meus filhos, ter certeza que não estavam ingerindo produtos químicos, praticidade, comodidade, acalanto, pra adormecerem no meu peito... Felizmente tive muito leite (inclusive amamentei filhos de amigas minhas, que tiveram problemas, no início...)
Enfim, foi maravilhoso, eles ganharam peso, sempre foram saudáveis... Mas, claro, me sentiria mãe amorosa e presente, mesmo se não tivesse podido amamentar...

Luma Rosa disse...

Oi, Rosamaria!!
Que delícia ler o seu relato! O texto ficou ótimo!!
Podemos contar as nossas experiências relativas à amamentação, sendo elas da maneira que for. Serve como um desabafo ou como um excesso de alegria, como deve ter sido o caso do comentário que a Lúcia leu. Acho que esse comentário não foi no evento, pois estou lendo tudo.
Não sabia que tinha passado por cirurgia enquanto estava grávida. Foi uma guerreira, heim? E veja que com a experiência você foi aprimorando. Podia ter tido 10 filhos! :)
Obrigada por ter participado!!
Beijus,

J.F. disse...

Oi, Rosa.
Lindo texto! A Nina também amamentou nossos dois filhos. A Luciana amamentou nossas duas netas. Amamentação é ato de amor.
Abração.

Rosamaria disse...

Lúcia, eu também sempre dava a mamadeira sentada como se tivesse amamentando. Acho muito importante isso, pois é um momento de entrosamento total entre mãe e filho.
Claro que nunca nem pensei que poderia ser menos mãe por não ter dado mamá por mais tempo.
Somos mães parecidas, cosquirídia.
Bjim

Rosamaria disse...

Que bom, Anabacana, que pudeste amamentar teus filhos por mais tempo. É maravilhoso mesmo.
Bjim, cosquirídia.

Rosamaria disse...

Luma, às vezes tenho dificuldade para as blogagens, mas tu dás tanto apoio que nunca desisto de participar.
Quando a guerra se apresenta a gente tem que lutar. Apareceu o problema e eu enfrentei, felizmente a cirurgia foi um sucesso.
10 filhos teve a minha sogra, que era uma santa.
Bjim, cosquirídia.

Rosamaria disse...

J.F., é uma felicidade poder amamentar um filho, que bom que a Nina e a Luciana tiveram esta felicidade.
Bjim pra ti e pra elas.

Luma Rosa disse...

Oi, Rosamaria!!
Preparada para o 7º BookCrossing Blogueiro?
:)
Boa semana!!
Beijus,

J.F. disse...

Oi, Rosa.
Saudades das suas blogagens,
Feliz Natal e um ótimo 2014 para você e os seus.
Abração.

Rosamaria disse...

Obrigada, J.F.!
Saudade de blogar também! Um dia eu volto.
Que vocês tenham um Feliz Natal e que 2014 seja perfeito pra ti e tua família.
Bjim

 
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