terça-feira, julho 03, 2012

Carta Aberta ao Conar #BlogagemColetiva#desocupa CONAR

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Pessoal, estou voltando, mas enquanto edito as fotos da viagem, trago lá do Luz de Luma esta importante blogagem coletiva.







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Duas recentes medidas do Conar referentes aos abusos da publicidade voltada para as crianças nos deixaram preocupados e ainda mais descrentes da atuação deste órgão com relação à proteção da infância.
A primeira foi a decisão de sustar a campanha da Telessena de Páscoa por anunciar para o público infanto-juvenil um produto que só pode ser vendido para maiores de 16 anos (de acordo com regulamentação da SUSEP). A segunda foi a advertência dada pelo Conar à Ambev, com relação ao ovo de páscoa de cerveja da Skol.
Ambas atitudes do Conar seriam dignas de aplausos – se tivessem sido tomadas quando as campanhas publicitárias estavam no ar, na Páscoa, em março. Mas o Conar só agiu em junho, quando as campanhas já não eram mais veiculadas.
Com isso, não houve nenhum impedimento para que a mensagem indevida da Telessena atingisse impunemente milhões de brasileirinhos e que a Ambev promovesse bebida alcoólica através de um produto de forte apelo às crianças. A advertência à Skol é ainda mais ineficaz, pois não impede que no próximo ano, produto semelhante seja oferecido.
O Movimento Infância Livre de Consumismo vê nessas decisões a comprovação de que o atual sistema de autorregulamentação praticado pelo mercado publicitário brasileiro é lento, omisso e ineficiente. Fato ainda mais grave quando se trata da defesa do público infantil.
Por isso, exigimos que a publicidade infantil sofra um controle externo como todas as atividades empresariais. Reiteramos nossa postura de que, sem leis e punição, jamais teremos uma publicidade infantil mais ética.
Nós, mães e pais, exigimos respeito à infância dos nossos filhos e solicitamos que estas duas atuações não constem dos autos do Conar como casos de sucesso. Contabilizar pareceres dados depois que as campanhas saíram do ar, como exemplo da firme atuação do Conar, é propaganda enganosa. E isso contraria o tal Código de Autorregulamentação que os publicitários insistem em tentar nos convencer que funciona.
"Pais e mães que defendem a regulamentação da publicidade infantil serão ouvidos pela primeira vez na Câmara no dia 3 de julho. A audiência da qual o grupo participará é parte dos trabalhos da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Casa, que está analisando o PL 5921/01, que trata justamente de regulamentar a propaganda dirigida às crianças" [leia +]

Este é um momento importante. Histórico: é a primeira vez que os pais sentarão na mesa e serão ouvidos. É uma audiência PÚBLICA e todos serão bem vindos. Nossa representante está muito preparada para mostrar o lado dos pais: as dificuldades, os dilemas, as realidade.

Quem estiver em Brasília e puder compareça: Câmara de Deputados, 03/07/12, 14h. 

Mais informações sobre a tramitação: Projeto Lei 5921/2001

Página do evento no Facebook - Participe
Para repercutir no twitter use a hashtag#desocupaC
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[Este texto faz parte de uma blogagem coletiva proposta pelo Movimento Infância Livre de Consumismo juntamente com blogs parceiros. Este movimento é composto por pais e mães que desejam uma regulamentação séria e eficiente da publicidade voltada para crianças. Para saber mais acesse: 
http://www.infancialivredeconsumismo.com. br ]


Esta postagem foi toda copiada lá do Luz de Luma.
Ela participou da reunião, em Brasília e logo estará postando os resultados.


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Um comentário:

J.F. disse...

Oi, Rosa.
Que bom que você está voltando. Bem vinda!
É necessário um movimento muito forte da opinião pública para esse tipo de problema. Veja que o PL é de 2001 e ainda estão realizando audiências públicas. Será que vamos precisar mais onze anos para que o PL chegue ao plenário? Essa autoregulamentação existente é uma piada. Os comerciais de TV que se mostram fora da ética são inúmeros. Não sou favorável à censura, mas está mais que na hora de as agências e os anunciantes deixarem de ver apenas o próprio umbigo e atenderem aos anseios da população que pensa.
Abração.

 
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