segunda-feira, julho 16, 2007

A senhora já é vovó?

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Recebi da Ana, por e-mail, adorei! Sou vovó e das bem babonas!









A SENHORA JÁ É VOVÓ?

Artur da Távola

O neto é um filho com quem se relaciona sem ansiedade. É suave, é bom, é benfazejo esse amar solto e compreensivo, sem a aflição e as dúvidas de quem educa diretamente, com os pais. Tudo isso em um tempo no qual já se está a compreender muito melhor a vida, a alma infantil, tendo aprendido a ¿ler¿ sutilezas de caráter e comportamento que os pais nem sempre percebem. Ver e orientar sem que o neto se ressinta. E sem especiais compromissos com ¿ter que acertar¿. Ah a maravilha de compreender a aflição de uma criança e saber aplacá-la com calma e doçura! E no entanto, toda essa sabedoria, superioridade e segurança dissipa-se no instante em que o neto ou neta nos devolvem alguma manifestação de amor ou gratidão. Derretemo-nos como sorvete num sol de 40 graus
Os netos nos tornam filosóficos. Diante deles, suas brincadeiras e as marcas de semelhanças esparsas conosco ou outros ancestrais, que aos poucos vão ficando claras, medita-se sobre si mesmo, somos ainda mais gratos a nossos pais e avós, melhor compreendemos nosso papel nesta vida. Cessam paixões e opiniões que ás vezes nos levam a discussões ou a defesas acentuadas de pontos de vista, tudo cessa diante do mistério da procriação ali patente, diante de nós e se infiltra na alma a suave sensação de missão biológica cumprida.
O grande segredo da vida é a compreensão. Compreender é muito difícil. Em geral, interpomos as nossas crenças e opiniões entre nós e os outros, fechando-nos para esse novo que é receber o que nos chegue da vida sem classificar, com a alma aberta. A idade traz compreensão à custa de experiências vividas e sofridas.
Difícil, com os netos é a dor que se mistura ao sabor da convivência, quando se vão para casa. A gente vê um bichinho daqueles amarrado na cadeira que fica no banco de trás do carro do filho. E o carro parte para um desconhecido onde existe uma cidade agressiva, um mundo de guerra e intolerância. E enquanto perdura o perfume de alma que os netos ou netas nos deixam, paradoxalmente a gente se sente muito mais só do que o habitual. Pululam pensamentos dolorosos ¿ quê fazer?- sobre se teremos ainda muitos anos com eles, podendo vê-los crescer, ou se alguma trama do destino nos espreita (ou a eles) para levar da vida antes da hora.
Ah os netos! Quantas lições


6 comentários:

Luci Lacey disse...

Oi Rosa

Obrigada pelo solidariedade e carinho.

Gostaria de aprender a colocar as fotos assim tao bonitinhas.

Vc usa algum programa especial?

Rosa, meu servidor esta uma droga, vira e mexe, fico sem email, dizem estar em manutencao, mas nem avisam.

Este aqui e o meu msn lucipeterbaby@hotmail.com, pode usar este tambem.

Beijinhos

Luci Lacey disse...

Opssss

Esqueci de dizer que as meninas estao lindas.

E a beleza da Maria Antonia e forte, nao e uma beleza fragil e comun.

Beijinhos

Luci Lacey disse...

opsss comum

Lu disse...

Lindas tuas netas.
Não, mas eu ainda não tô preparada psicologicamente pra ser avó.
Decididamente, não! e isso que aaaamoooo crianças!
Não. Ainda não. Me dêem um tempo, please....hehehehehe

O Meu Jeito de Ser disse...

Rosa que coisa mais linda.
Tanta verdade contida num simples texto. basta um olhar, para que nos deixe molinhas, se o olhar for um olhar "pidão", aí então, não tem prá ninguém.
E pensar que tenho que todos os dias agradecer a Deus, por me dar mais um dia de vida, para amar, e ver crescer meu neto, que hoje é a nossa razão de viver.
Acredito que o Érickinho, é o prêmio que o pai me deu, por ter ao menos tentado fazer tudo direitinho para criar e educar meus filhos, que antes de serem meus filhos são criaturas dele.
Parabéns pelas suas netas, são lindas e parabéns à vc também vovó.
Um beijo em vc e nelas.

Ana disse...

Rosamaria! Tu estás linda nas fotos!

Adoro curtir a Maria Antônia e a Maria Clara, junto contigo! Maravilhosas!

"É suave, é bom, é benfazejo esse amar solto e compreensivo..."

Que eu quero sentir!! Urgenteeee!!

 
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